segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Abstenção – O caso das Autárquicas em Portugal

1 de Outubro de 2017 – Decorreram eleições autárquicas em 308 Concelhos e 3092 Freguesias em Portugal. E, mais uma vez, o grande vencedor do dia foi a Abstenção.

Desta vez, 45% dos cidadãos eleitores em Portugal decidiram não votar. E, os Partidos e candidaturas independentes teimam em não realizar uma reflexão ao sucedido. Mas afinal, que razões levam a que os eleitores não se digiram às mesas de voto?

*   Eleitores Portugueses são mais treinadores de bancada e comentadores políticos: em Novembro de 2016, Donald Trump era eleito como Presidente dos Estados Unidos da América. Milhares de Portugueses tornavam-se politólogos no Facebook, repudiando a sua eleição e consequência para o Mundo. Em Outubro de 2017, passado quase um ano da sua revolta pelo que aconteceu na democracia norte-americana, respondem com 45% de abstenção no seu próprio país. Pelo Facebook, um deserto de comentários aos resultados nas suas próprias terras.
*   Programas eleitorais baseiam-se na sua maioria obras de beneficiação, requalificação ou construção: basta pegar no panfleto de qualquer partido ou lista independente às Juntas e Câmaras, folheamos as páginas e praticamente todos os projectos e ideias se baseiam em obras. Faltam propostas para projectos e programas nas áreas da educação e formação, juventude, desporto, emprego, etc. Um programa não se pode basear apenas em construções. Construir rotundas ou reabilitar edifícios não cativa um jovem de 18 anos. Ao jovem, interessa que exista um programa de formação financiada, estágios profissionais, actividades extra-curriculares gratuitas, espectáculos, etc. Se queremos que os mais jovens votem, temos que criar um programa igualmente com propostas para a sua faixa etária.
*   Pouca receptividade à modernização de ideias e acompanhamento das novas realidades globais: a maior partes dos programas eleitorais repetem as suas ideias entre si e a cada eleição. Faltam ideias inovadoras, actuais e a pensar no futuro. O que era uma boa ideia em 1976, em 1993 ou 2005, não é necessariamente boa em 2017. Tendo em conta que os lugares cimeiros de muitas candidaturas são constituídas por pessoas de outra geração, conseguir convence-las que o futuro são as tecnologias, a internet, etc, é tarefa quase impossível.
*   Repetição de membros de listas a cada Eleição: “a tua cara não me é estranha”. Habituado a ver sempre as mesmas pessoas nas listas? Há quatro anos era o 10º da lista e agora é o 5º? Apesar de nos últimos anos começarmos a ver pessoas em listas partidárias mas que não são militantes (vão como independentes), na sua maioria eleição após eleição, vemos as mesmas caras nos panfletos dos partidos. A renovação é muito escassa. Além disso, ter cartão de um partido e pagar quotas, que vantagem traz? Dá algum benefício? Dá pontos ou descontos?  
*   Tempo de campanha eleitoral centra-se apenas nos 15 dias anteriores ao dia das Eleições: meus amigos, não é em 15 dias que se vencem eleições! Não é um sunset, uma festa, um porco no espeto, uma t-shirt ou caneta que vos garante o voto. Os Partidos Políticos e as pessoas esquecem-se que a campanha começa no dia seguinte à última eleição. As pessoas devem mostrar-se aos eleitores cada dia dos quatro anos. Trabalhar no terreno, falar com as pessoas, cumprimentar. Não é vir bater à nossa porta 15 dias antes e pedir o voto, dar um abraço, tirar uma fotografia e seguir até à próxima casa. E no dia seguinte às eleições, passar por nós e virar a cara.
*    Falta de Juventude em lugares elegíveis: mais uma vez, são sempre as mesmas pessoas nas listas. Lá no fundo da lista, aparecem 3 ou 4 mais jovens, em lugares não elegíveis. Com sorte, o Presidente da Juventude Partidária respectiva estará em lugar elegível, mas nem sempre. Sendo os jovens de hoje, aqueles com mais e melhor formação de sempre, porque é que não tem a oportunidade de ser eleitos e colocar em prática as suas ideias mais modernas e ambiciosas? Depois os mais velhos dizem que os mais jovens não querem saber do associativismo ou da política… Não é não querer saber! O problema é que os “dinossauros” que se apropriam do poder lhes dizem que são novos demais, e que terão tempo no futuro para ir para lá. Como a oportunidade não surge e as portas de fecham, os mais novos seguem à sua vida e muitos acabam por desistir do poder do seu voto, por desacreditarem no sistema.
*     Caça ao “tacho”: é certo e sabido que muitas pessoas apenas integram campanhas esperando com isso ganhar algum tipo de benefício para si ou familiar. O novo Presidente de Câmara pode, a cada eleição, nomear um Chefe de Gabinete e vários secretários, sendo igualmente comum contratarem em regime de avença técnicos. Ou seja, o cidadão eleitor pensa que as eleições apenas servem para dar emprego a uns e a não o ajudar a si próprio e, que as promessas são muitas mas no fim nenhuma se irá concretizar pois os políticos só querem saber de si e não dos outros.

*      Votar não é obrigatório: em alguns países votar é obrigatório por lei. Em Portugal é apenas um direito e dever. Enquanto a lei não punir quem não vota, a taxa de abstenção continuará a aumentar.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Avaliação mandato autárquico 2013/2017

Ao longo de quatro anos, intervim na Assembleia Municipal, Comunicação Social Local e Redes Sociais, com alertas e soluções para aquilo que sentia serem as prioridades para a minha Freguesia (Pardilhó) e Concelho (Estarreja). Nestes anos, foi na sua maioria críticas e inimizades aquilo que recebi em troca da defesa da minha terra. No entanto, saio com o sentimento de dever cumprido, sem nunca ter procurado nada em troca na política e sem nunca ter criticado alguém.

Para memória futura ou para relembrar os mais esquecidos, deixo abaixo uma lista daquilo que defendi publicamente, tendo na sua maioria sido ignorado e/ou criticado:

- Dar vida à Biblioteca de Pardilhó com palestras e exposições;
- Abrigos para as paragens de autocarro em Pardilhó;
- Boletim Informativo à população em Pardilhó;
- Alerta para corte na Iluminação Pública noturna em várias ruas da Pardihó;
- Contentores do lixo sempre cheios e necessidade de aumentar o nº de dias de recolha;
- Denunciei na comunicação social local e regional, apresentei queixa nas Estradas de Portugal, na Junta de Freguesia de Pardilhó e Câmara Municipal de Estarreja sobre o estado do asfalto em que se encontrava em 2014 o Largo da Feliz e continuação pela Rua dos Moinhos do Carvalhal, problema que acabou por ser resolvido após os meus alertas e queixas;
- Propus a criação de um espaço de convívio, em Pardilhó, de acesso livre e gratuito onde jovens ou desempregados de qualquer idade pudessem ocupar o seu dia com acesso a jornais, livros, música ou internet seguindo o bom exemplo da Casa das Gerações na Murtosa;
- Propus um Parque de Manutenção física/desportiva e Promoção de Jogos Tradicionais;
- Abordei a necessidade de intervenção na EN 224-2, com alargamento da via e colocação de novo asfalto, entre a Rua Moinhos do Carvalhal e o Cabo da Carreira, em Pardilhó;
- Necessidade de obras no Mercado de Pardilhó;
- Criação da Página Facebook do Município de Estarreja (hoje com cerca de 9500 seguidores);
- Investimento na Ribeira da Aldeia, em Pardilhó, criando melhores condições para a Canoagem, Pescadores e espaço envolvente para turistas;
- Propus em dois anos seguidos, no Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Estarreja, a construção de Sanitários Públicos no Centro da Freguesia de Pardilhó, sem nunca ter sido a ideia mais votada;
- Convidar todas as Associações e grupos locais, com ênfase na área recreativa e cultural, a dar um espectáculo no Cine-Teatro de Estarreja, em detrimento na aposta contínua em grupos de fora e extremamente fora do orçamento que aumentam o passivo deste espaço;
- Permitir, através de concurso, que qualquer cidadão tenha a oportunidade de actuar nos “cafés-concerto” do Cine-Teatro de Estarreja;
- Criação de Actividades Extra-Curriculares gratuitas ou com custos reduzidos, nas 5 freguesias do Concelho, e não apenas na Sede do mesmo;
- Aumentar o número bem como o valor monetário das bolsas do Ensino Superior aos jovens do Concelho.

Termino assim o meu mandato de consciência tranquila, no qual lutei contra constantes críticas, mas no final de tudo isto, não devo favores a ninguém, nunca pedi nada em meu favor e tudo aquilo que conquistei foi pelo meu esforço, trabalho, dedicação e empenho.




domingo, 7 de fevereiro de 2016

Largo de Feliz – Pardilhó – Um perigo eminente



A 21 de Fevereiro de 2014, e depois de muitos alertas nos jornais locais por mim escritos e à própria Câmara Municipal e Junta de Freguesia (ainda que sem qualquer resultado), apresentei às Estradas de Portugal uma queixa, acerca do estado da via em que se encontrava o Largo da Feliz em Pardilhó, com buracos de enorme dimensão que colocam em perigo a circulação automóvel. Na semana seguinte, o problema foi resolvido: colocaram um novo tapete de asfalto e hoje, circula-se facilmente.

Agora, venho novamente alertar mais um problema neste mesmo local.  A Câmara Municipal de Estarreja, e bem, iniciou o alargamento da via, conforme a imagem anexa o comprova. De facto, há muitos anos que esta via necessitava de uma intervenção profunda, de forma a permitir o fácil cruzamento entre dois veículos, e a garantir uma maior visibilidade de uma ponta à outra, algo que não acontecia e colocava em perigo quem por ali circulasse.
Infelizmente, as obras pararam já há alguns meses. Qual o motivo? Não sabemos…

Foi construído um novo muro. Falta apenas colocar um novo asfalto. O perigo está no enorme desnível que se encontra, uma vez que os terrenos laterais encontram-se significativamente abaixo do nível da via. Quando dois automóveis se cruzam, aquele que vem no sentido Avanca-Pardilhó, tem que se desviar não para a berma, mas sim para uma zona de areias baixas e ter a sorte de não danificar a sua viatura.

Fica a questão: Até quando?

domingo, 13 de setembro de 2015

Postal de Visitas – Pardilhó

Pardilhó,
Um pedaço de areia à Ria roubado,
Pelas Ribeiras das Teixugueiras, Aldeia, Bulhas ou Nacinho, o barco Moliceiro pode navegar,
Terra de milho e de moliço,
De emigrantes na Venezuela, Brasil, França e Estados Unidos da América,
De carpinteiros navais, construtores civis e agricultores,
Da música popular dos Ventos da Ria e da Etnografia das Danças d’ Aldeia,
Da meninice e juventude do prémio nobel Egas Moniz,
Do teatro e dos bailes,
Dos cavalos, carroças, pinhas ou bicicletas,
Das casas de alpendre, da Fonte da Samaritana e da Pedra da Maroteira,
Da Banda Velha e da juventude da Banda Clube Pardilhoense,
Dos tapetes de trapos e das casas estilo “Farinhas”,
Das padas, rojões e broa de milho,
Das enguias fritas ou em caldeirada,
Do Lar Da Quinta do Rezende ou do Vida Nova,
Dos campeões nacionais de canoagem e de futebol de salão (hoje futsal),
Mas sobretudo, terra de bem receber e acolher,

Pardilhó de ontem, hoje e amanhã.

domingo, 5 de julho de 2015

Meio de transporte mais utilizado pelos pardilhoenses

Dando seguimento à análise que temos vindo a realizar, vamos agora centrar-nos no indicador “Meio de Transporte mais utilizado nos movimentos pendurares” – Censos 2011. Aqui, poderemos constatar a forma como os pardilhoenses se deslocam por exemplo para a Escola ou para o seu local de trabalho.

Comecemos pelos meios de locomoção suaves, neste caso a bicicleta. Nesse ano (2011), 395 pessoas usavam este transporte entre a sua residência e o seu local de estudos ou trabalho. Ainda neste campo, eram 138 as pessoas que se deslocavam a pé.

Através dos transportes colectivos, 75 pessoas utilizavam o autocarro diariamente, 64 o transporte colectivo da empresa ou da escola, 1 o metropolitano e 82 o comboio.
No que concerne a transportes individuais, 939 pessoas utilizam o automóvel ligeiro como como condutor e 346 como passageiro, enquanto 99 pessoas usam o motociclo como seu principal meio de transporte.


É interessante percecionar, que Pardilhó, devido às suas caraterísticas naturais, ou seja, o facto de ser plano, permite às suas gentes, principalmente aos estudantes e desportistas amadores, utilizar a bicicleta como meio de transporte, o que acaba por favorecer a prática de exercício físico. Tanto esta freguesia, como o Concelho da Murtosa e algumas freguesias do Concelho de Ílhavo, são aquelas que em Portugal mais utilizam a bicicleta como principal meio de transporte, o que demonstra a importância que este veículo tem na nossa sociedade. O futuro está sem dúvida, na construção e manutenção das infraestruturas destinadas à circulação a pé a bicicleta, aproveitando o potencial da nossa freguesia ribeirinha, que pode assim aumentar o turismo e apoiar o comércio local.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Onde estiveram os pardilhoenses emigrados?

Dando seguimento à análise que temos vindo a realizar, vamos agora centrar-nos no indicador “População que residiu no estrangeiro por um período de pelo menos 1 ano” – Censos 2011.
Convém referir que, esta análise apenas foca os dados disponíveis nos Censos 2011, e na população residente nessa altura na Freguesia de Pardilhó, não estando aqui presentes as pessoas que nessa data estavam emigradas num outro país.

Em 4 dos 5 continentes estiveram emigradas, pelo menos durante 1 ano, pessoas que em 2011 residiam em Pardilhó. O único continente em falta, é a Oceânia. Mas vamos a números: 817 pessoas residiram fora de Portugal, a maioria dentro da Europa (420), seguindo-se a América (294), África (100) e a Ásia (3).

Dentro da Europa Central, na Alemanha e Espanha encontramos a maioria dos que estiveram emigrados (56 em ambos), Reino Unido, Suiça e Luxemburgo (igualmente com 10 cada), Bélgica (9), Roménia (2) e por fim, Áustria (1). No entanto há ainda 24 pessoas que residiram noutros países, mas que os Censos 2011 não permitiram a sua especificação.  

Partindo para o Continente Africano, Angola está no topo (53), seguindo-se África do Sul (20), Moçambique (16), Cabo Verde (2), Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe (ambos com 1). Há ainda 7 pessoas que residiram noutros países também não especificados.

Relativamente ao Continente Americano, Venezuela é o país do Mundo que mais pessoas teve, com 176. Estados Unidos da América (76), Canadá (22), Brasil (18) e outros países (2), seguem-se na lista.

Por fim, na Ásia, encontramos Macau (1), Timor Leste (1) e outros países (1).


Em jeito de conclusão, são muitos os pardilhoenses e não só, que estiveram e estão ainda hoje emigrados no estrangeiro. Temos um português em cada canto do mundo, mas também um pardilhoense. A Venezuela foi outrora um “El Dourado” para muita gente, e por isso, também os pardilhoenses deixaram por lá a sua marca, sendo alguns nomes bem conhecidos.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Saldo de Nascimentos e Óbitos – Caso de Pardilhó

Na última edição deste jornal, apresentei os números da religião na nossa Freguesia. Agora, vou-me centrar nos nascimentos e óbitos que ocorrem no período compreendido entre 2003 e 2013, segundos dados disponíveis no INE – Instituto Nacional de Estatística.

Vamos então iniciar a análise pelos nascimentos. Entre 2003 e 2013, encontravam-se registados na nossa freguesia 474 recém-nascidos. O ano de 2009 foi aquele em que se registaram menos nascimento (30) e 2003 e 2004, aqueles em que tivemos o maior número (52 em ambos os anos). Relativamente aos sexos, os números são extremamente próximos. Neste período, nasceram 240 bebés do sexo masculino, e 234 do sexo feminino. Em 2004, temos um ano em que nasceram mais homens (30), e 2009 em que nasceram menos (14). Já no sexo feminino, 2003 e 2013 são os anos em que nasceram mais pessoas (27 em ambos), e 2005 em que nasceram em menor número (12).

Relativamente aos óbitos, no mesmo período em análise (2003 a 2013), registaram-se 525 falecimentos, dos quais 268 eram homens e 257 mulheres. Em 2010, tivemos o ano em que faleceram mais homens (35) e em 2003 e 2006, em que faleceram menos (16 em ambos). No caso das mulheres, em 2008 faleceu o maior número (31) e em 2004 em que faleceram menos (16).


Tendo por base os dados em questão, com 474 nascimentos contra 525 óbitos, facilmente percepcionamos que temos um défice na nossa balança, uma vez que no período compreendido entre 2003 e 2013, registamos um défice de 51 pessoas, pois o número de óbitos foi superior aos nascimentos.

sábado, 21 de março de 2015

A Religião em números – o caso de Pardilhó

Dando continuidade ao tema iniciado na última edição deste jornal (Cenosos 2011), irei agora centrar a atenção no indicador Religião.

Antes de mais importa referir que esta análise é meramente quantitativa, ou seja, trata-se apenas de dar a conhecer a diversidade religiosa de livre consciência existente na Freguesia de Pardilhó, não se trata de criticar ou fazer juízos de valor, muito pelo contrário, vivemos numa sociedade livre e devemos respeitar as opiniões, a cultura e religião de cada um.

Assim sendo, à data dos Censos 2011, em Pardilhó os números sobre a religião são os seguintes:

- Católicos: 3130
- Ortodoxos: 6
- Protestantes: 52
- Outra Cristã: 59
- Judeus: 0
- Muçulmanos: 2
- Outra não Cristã: 4
- Sem religião: 107

Importa referir que estes dados referem-se à população residente com 15 ou mais anos, pelo que é natural que os números acima indicados possam ser superiores, no entanto os Censos 2011 apenas permitiram a resposta, neste campo, a pessoas com mais de 15 anos. Sabemos que em Pardilhó residem cerca de 4200 pessoas, pelo que percebemos que nos dados dos Censos se encontram cerca de 1000 jovens com menos de 15 anos fora desta análise.

É interessante confirmar, com a prova de dados oficiais, que em Pardilhó a religião predominante, é a Católica. Embora o senso comum nos dissesse isso mesmo, os Censos vêm provar essa informação.

Na próxima edição, vamos analisar o número de nascimentos e óbitos entre 2003 e 2013.

Joel Pereira,
Pardilhó

domingo, 1 de março de 2015

Dados estatísticos - Pardilhó



Já algum tempo são conhecidos os dados dos Censos 2011 em Portugal. No entanto, ainda não se verificou qualquer análise mais elaborada aos resultados obtidos, seja em Portugal, seja a nível municipal. Por esse motivo, nesta edição, e nas próximas, apresentarei alguns dados interessantes acerca dos Censos 2011, na Freguesia de Pardilhó.

Nesta edição, iremos analisar 3 indicadores: População, Trabalho e Edifícios.

Começando pela População, em Pardilhó residiam no ano em análise 4176 pessoas. Curiosamente, e em comparação com os Censos 2001, Pardilhó manteve sensivelmente o mesmo número de habitantes, o que significa que, apesar da vaga mais que evidente de emigração, tem-se conseguido igualar as saídas com as entradas na Freguesia. A população residente divide-se por 1473 famílias clássicas, sendo que a dimensão média das famílias é de 2,78 pessoas. A idade média da população é de 41,64 anos. A população em idade activa (15-64 anos), é constituída por 3538 (84,7% da população total), ou seja, não estamos perante uma freguesia envelhecida, tendo em conta a idade média e a população activa. Ainda assim, em Pardilhó existiam 896 reformados e 108 incapacitados permanentes para o trabalho. A nível educacional, havia ainda a registar 200 analfabetos mas, 290 pessoas com o Ensino Superior Completo (é natural que o número de pardilhoenses licenciados, mestres ou doutorados seja muito superior, mas este número refere-se apenas aos residentes na freguesia nesse ano, embora muitos estejam espalhados pelo mundo).

 Passando agora ao indicador Trabalho, 1596 pessoas encontravam-se empregadas. Dentro deste número, 156 eram empregadores, 123 trabalhavam por conta própria, 8 eram trabalhadores familiares não remunerados, 1294 trabalham por conta de outrem, 1 era membro de uma cooperativa de produção e 14 estavam noutra situação. Relativamente aos desempregados (284 pessoas), os desempregados à procura do 1º emprego eram 51, e os desempregados à procura de novo emprego eram 233. Por fim, os/as domésticas eram 258 pessoas.

No último indicador em análise neste artigo, existiam 2012 edifícios, albergando 2128 alojamentos (entenda-se que num só prédio podem existem vários alojamentos, por exemplo apartamentos). Ao nível do arrendamento, 108 alojamentos destinavam-se a essa modalidade, sendo que o encargo médio mensal por aquisição de habitação própria (empréstimo bancário) era de 350,99 € por família ou pessoa no caso de viver sozinha. Interessante verificar que 71 alojamentos não possuíam instalação de banho ou duche, o que significa que existem ainda muitas famílias a viver em situação precária a este nível.

Nas próximas edições, analisaremos outros indicadores como por exemplo: meio de transporte mais utilizado, nascimentos e óbitos, religião e locais onde pardilhoenses viveram no estrangeiro.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Atividade Autárquica – Dezembro 2014

Realizou-se no passado dia 5 de Dezembro de 2014, mais uma Assembleia Municipal de Estarreja.

Aqui fica, uma das minhas intervenções, neste caso concreto no ponto 3.2. - Discussão e votação da proposta camarária de “Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2015”

De um modo geral, considero que estamos perante uma proposta satisfatória.
Está prevista uma intervenção considerável em vários arruamentos do Concelho, entre os quais destaco a EN 224-2 em Pardilhó, que eu já há algum tempo tenho vindo a alertar para o seu estado nesta Assembleia.
Os Mercados de Pardilhó e Avanca também terão intervenção. Gostaria de perguntar em que consiste esta intervenção. Trata-se de colocação de algum tipo de cobertura para apoio aos feirantes?
Na Ribeira da Aldeia em Pardilhó, será construído um Centro de Interpretação da Construção Naval. Terá funcionários, estará aberto todo o ano, o que se poderá ver lá dentro?
Sobre a iluminação pública, apoio as novas medidas de instalação de sistemas eficientes em 2015. No documento, referem que em zonas não centrais, implementaram a medida de desligamento limitado a 1h no horário noturno. Aqui tenho que discordar. Em Pardilhó, posso dar como exemplo a Rua Professor Saavedra Guedes, a Rua do Curval e a Rua Monte de Cima, que em inúmeras ocasiões e numa extensão de centenas de metros, tiveram a iluminação pública totalmente desligada durante noites inteiras. Será preciso esperar por mais algum desastre para que abram os olhos?
Sou 100% a favor da preservação do património local, mas não posso em momento algum concordar com um investimento de 1 milhão de euros em restauro/conservação e construção na Casa Museu Egas Moniz. Este edifício está em obras todos os anos, e aqui ou alguém está a ganhar com estas sucessivas obras, ou estamos a desperdiçar dinheiro que poderia ser canalizado por exemplo para uma obra recente, na qual foi feito um enorme investimento que é a Unidade de Cuidados Continuados em Avanca. Para mim, faz mais sentido apoiar esta obra tão necessária para o Concelho, em detrimento de gastar centenas de milhares de euros todos os anos na Casa Museu.
Felicito também o contínuo apoio às Associações Locais, vital para o seu bom funcionamento.
Fala-se na Biblioteca Municipal de Estarreja, mas não há qualquer referência ao Polo de Pardilhó. E volto a referir que este espaço tem que ser tornado funcional para a comunidade local.
Pessoalmente, considero que se deve reforçar o apoio às Associações com a modalidade de Andebol, uma vez que somos o Concelho do Distrito que mais equipas tem. E tal como já aconteceu no passado, devemos tentar trazer para Estarreja, finais de Taças de Portugal, Supertaças ou mesmo estágios e jogos da Seleção Nacional.
Para concluir, admito que nem todas as pessoas tenham boas práticas na utilização dos contentores de lixo, e concordo com a necessidade de reduzir o custo do serviço de recolha, mas os níveis de qualidade de serviço não foram mantidos quando comparado com o passado.


O Executivo Municipal, em resposta às minhas questões, não me esclareceu em que consistem as obras nos Mercados de Pardilhó e Avanca. O Centro de Interpretação da Construção Naval na Ribeira da Aldeia, terá embarcações vindas de Válega (Ovar) e estará aberto apenas ocasionalmente. Sobre a minha crítica ao investimento (mais um) de 1 milhão de euros em obras na Casa Museu Egas Moniz, parece que um "bicho adormecido" acordou e comeu a madeira do chão, e é preciso mexer no telhado, mais uma vez. A Biblioteca de Pardilhó, não mereceu qualquer comentário, continuará a ser ignorada como sempre pela Câmara, não incentivando à sua utilização pelos cidadãos.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal,

Este ano portei-me bem e por isso quero pedir-te algumas prendas, não apenas para mim, mas para toda a terra onde eu vivo: Pardilhó. Nos últimos anos, tem visto esta Freguesia perder o comboio da modernização, começa a ficar parada no tempo, a parecer uma localidade fria e escura, sem condições para quem cá vive ou está de passagem. Esta é uma terra de gentes que sabem bem receber e tratar o seu semelhante, de um povo bairrista mas todos com orgulho de serem pardilhoenses. Todos nós merecemos viver numa terra que nos ofereça condições dignas de habitabilidade.

Se tivesse que escolher uma imagem para um postal desta terra, seria a Ribeira da Aldeia. Infelizmente, a mais importante Ribeira do Concelho de Estarreja, carece de investimento para a tornar mais funcional. É usada por pescadores, pela Canoagem da ACR Saavedra Guedes mas também por aqueles que desejam dar um passeio não só em ambiente aquático, como uma simples caminhada à beira ria. Tantas são as vezes que a Ribeira transborda e, em tempo de Inverno, fica tudo em lama, sendo impossível aí circular.

Queria também pedir-te, querido Pai Natal, que iluminasses as cabeças daqueles que têm o poder nas suas mãos para concretizar obras. Assim de repente, queria finalmente ver as ruas sem buracos, principalmente a EN 224-2, a partir da Rua Moinhos do Carvalhal até ao Cabo da Carreira, que se encontra num estado lastimável que deveria envergonhar os nossos autarcas. Em boa hora apresentei queixa às Estradas de Portugal que rapidamente colocaram um tapete perto do Largo da Feliz.
Gostava também que mantivesses a iluminação pública ligada, pois há uns meses atrás havia muitos cortes que colocavam em perigo todas pessoas que circulavam pelo Concelho de Estarreja, totalmente às escuras.

Sabias que em Pardilhó há uma Biblioteca? É que insiste-se em que nada de faça lá, não há exposições, apresentações de livros, palestras, formações, e tudo mais. Podes fazer com que criem actividades por lá?

E já agora, se não for pedir muito, podes colocar um coberto no Mercado de Pardilhó para que os feirantes não estejam a fazer o seu negócio à chuva? E que o lixo seja recolhido em mais dias nos contentores? E agora é que é mesmo a última coisa: podes fazer com que as autarquias locais quando quiserem contratar alguém, abram concurso público, para que todos possam concorrer livremente, e as pessoas sejam escolhidas por mérito e não porque têm amigos?


Não te esqueças dos meus pedidos, querido Pai Natal, tenho a certeza que estes também serão os desejos da população de Pardilhó.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A minha sociedade é assim…


Vivo numa sociedade que tem uma mentalidade diferente da minha… o cidadão comum inveja o automóvel novo do vizinho, ou a sua casa e o seu emprego… e o que faz para mudar isso? Nada! Limita-se a invejar e critica-lo. Porque não fazer o contrário? Porque não descobrir uma forma de trabalhar e conseguir um carro e casa maiores que o vizinho?

Vivo numa sociedade que não premeia o mérito pessoal… numa sociedade onde uns precisam de trabalhar e outros não… E estes últimos, não é por serem ricos, é sim porque alguém lhes diz “tu não precisas”, sem qualquer justificação. Mérito na vida, para quê? Trabalhar de graça pela terra, mas que sentido é que isso faz? Na minha sociedade, a forma mais bem aceite de conseguir um emprego, é ir pedir/exigir a quem o consegue dar. Tolo é quem perde tempo a ajudar os outros só porque sente que está a praticar o bem.

Vivo numa sociedade que crítica o sistema político, que critica os Partidos e os Políticos… dizem que são todos iguais, criticam a subida de impostos, criticam as obras, queixam-se de falta de emprego, da falta de dinheiro, da crise… mas não querem perceber porque é que existe crise… A crise existe porque as pessoas a criaram… em primeiro lugar, as pessoas querem viver acima das suas posses, se só têm 5 euros no bolso, não podem comprar algo que custa 100 euros. Podem deseja-la, mas têm que trabalhar muito para merecer tê-la. E em segundo lugar, a crise existe pois as pessoas acham bem pedir/exigir emprego para familiares e amigos, o que leva a que tenhamos maus profissionais à frente de instituições, pois essas pessoas não concorreram a qualquer vaga, caíram lá vindos do céu. E os nossos políticos são iguais… alguém os “convidou” para ir para lá, pouco interessa se são bons ou maus, o que interessa é que são “amigos” de alguém… A verdade é esta, por muitos que custe ler e ouvir, não premiar o mérito pessoal leva à ruína das instituições, do país… Dar emprego a alguém só porque “ele precisa”? Então e os outros todos que estudaram, que lutam diariamente para conseguir uma chamada para uma entrevista, “não precisam” porquê?


Vivo numa sociedade que vai criticar este texto, que vai continuar a queixar-se da vida, a invejar o vizinho, e a considerar normal a “cunha”. Não digam que eu não avisei…

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A triste realidade de Estarreja

No passado dia 30 de Setembro, realizou-se mais uma Assembleia Municipal de Estarreja. Assuntos de elevado interesse, tais como a contínua deterioração dos serviços prestados pelo Sistema de Saúde no nosso Concelho, ou o fecho de três escolas do 1º ciclo, marcaram um debate intenso entre as bancadas e executivo camarário. Já no mês passado de Junho, numa outra Assembleia Municipal, os pais das crianças cujas escolas foram anunciadas que iriam fechar, encheram os paços do concelho, batendo o pé à Câmara Municipal, que concordou com o fecho destas mesmas escolas, para assim levar as crianças para o novo complexo em Salreu. E sobre isto, há algo a dizer. A Câmara Municipal de Estarreja atira com as responsabilidades para o Governo actual, no entanto, como é que a Câmara pode afirmar que é contra o fecho das escolas, se construiu um novo complexo em Salreu, destinado exclusivamente ao 1º ciclo? Já há vários anos que a Câmara Municipal sabia que isto iria acontecer, e escondeu tal informação dos encarregados de educação, obrigando as crianças a abandonar as suas escolas e frequentar o novo complexo em Salreu.
Do lado da bancada da Coligação PSD/CDS, não vemos propostas para o desenvolvimento de Estarreja, a maior parte dos seus elementos entra muda e sai calada, não fazem qualquer intervenção, não fazem qualquer proposta para melhorar o Concelho. E quando por acaso ouvimos a sua voz, é para ler um bonito texto cedido pela Câmara elogiando o seu trabalho. Será que só lá vão para receber as senhas de presença?
Mas, diria que o ponto alto da noite de dia 30 de Setembro, foi quando foi aberto o período de intervenção ao público. Um senhor, que referiu ter nascido e vivido em Estarreja até aos 19 anos, e que passou os 48 anos seguintes no Brasil, pintou o verdadeiro cenário do que é Estarreja: edifícios abandonados e a cair aos poucos; não existe qualquer apoio ao comércio local que vai morrendo aos poucos (e não é com “Noites Brancas” que isso se resolve); os eventos ateimam em ser realizados à semana e durante a manhã ou tarde, quando o cidadão comum se encontra a trabalhar; além disso, a divulgação dos eventos é péssima (muitos eventos são anunciados no próprio dia em que se realizam), e pouca gente aparece.

Esta, é de facto Estarreja visto aos olhos do povo.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Lixo dá má imagem a Pardilhó



Escrevi há um ano sobre os contentores de lixo que transpareciam um infeliz imagem à nossa terra. Com o contrato em vigor que a autarquia local possui, a recolha de lixo faz-se em menos dias que no passado. Ou seja, basta circular um pouco pela freguesia para deslumbrar contentores completamente cheios, e com lixo a rodeá-los. Em Pardilhó são vários os locais onde podemos assistir a este triste espectáculo. Já escrevi sobre o assunto e já lancei o alerta na Assembleia Municipal de Estarreja, contudo, a situação persiste e parece que se vai agravando.

O facto de os contentores estarem tão cheios, não é só mau a nível estético. É muito pior em termos de segurança e higiene pública, pois os animais vasculham à procura de alimento e arrastam materiais para o meio das ruas, colocando em perigo quem por ali passa.

À semelhança do corte na iluminação pública, o problema do excesso de lixo, mas principalmente da falta de recolha do mesmo, são situações inadmissíveis na Cidade de Estarreja. Como é que podemos mostrar aos turistas esta imagem? Como é que podemos mostrar aos nossos habitantes que esta é a melhor terra para se viver? São estas as condições que queremos dar aqueles que aqui se querem fixar?

Infelizmente, Estarreja peca pela falta de investimento no turismo, na divulgação da sua imagem lá fora, nem sequer um Posto de Turismo existe no Concelho. Porque é que no Boletim Informativo da Câmara Municipal não aparecem imagens do Concelho às escuras durante a noite, ou dos contentores cheios e rodeados de lixo?


Está na hora da autarquia assumir as suas responsabilidades e dar aos cidadãos aquilo que precisa: condições dignas de habitar esta terra. 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Pardilhó continua às escuras

No Concelho de Estarreja, mais concretamente na Freguesia de Pardilhó, há uma situação que se alastra há meses, e que coloca em causa a normal circulação das pessoas: o corte na iluminação pública!
Não é a primeira vez que escrevo sobre este tema, inclusive já o abordei na Assembleia Municipal de Estarreja, onde fui totalmente ignorado pela autarquia local. Lembro-me de uma colega de bancada dessa mesma Assembleia, ter referido que na União de Freguesias de Canelas e Fermelã o mesmo problema persiste. No pesado Inverno que nos assolou, a iluminação pública era ligada tarde, e perto das 6h da manhã, ainda noite, já estava desligada, colocando em perigo quem de madrugada vem ou vai para o emprego/escola. Para aqueles que ao final do dia davam a sua caminhada, era impensável circular a pé, sem sentir o coração nas mãos, pois os veículos motorizados mal viam os peões. O Verão chegou, os dias ficaram maiores. A iluminação pública é ligada por volta das 21h15, mas quem circular na via pública depois das 2h e mesmo após as 4h da madrugada, verá que a sua terra se encontra totalmente às escuras. Em contrapartida, é possível em alguns dias, ver a iluminação pública ligada durante o dia, num total gasto desnecessário de dinheiro público. A Autarquia de Estarreja, com esta política de corte na iluminação, e consequente corte na segurança rodoviária, coloca em perigo a segurança dos peões e dos veículos motorizados, pois não há um único raio de luz na Freguesia.
Ateima-se em investimentos desnecessários no Concelho, vemos projetos que não saem do papel mas ainda assim o dinheiro desaparece, e quando se pede contas, quando se pergunta onde estão as infra-estruturas previstas após o dinheiro ter sido gasto, rebenta um escândalo porque se é contra só porque sim.

Quando os cidadãos sentirem na pele os danos ocasionados por esta insegurança causada pelo corte na iluminação pública, a autarquia deve ser responsabilizada civilmente, e responder por isso, em sede própria.

domingo, 29 de junho de 2014

O que fazer em Pardilhó no Verão

O Verão está de volta. O sol brilha e ilumina os nossos caminhos, o calor aquece-nos o espírito e a boa disposição cresce. A paisagem fica diferente, mais alegre, colorida, dá-nos vontade de percorrer novos locais por descobrir.
Nesta altura, os saudosos emigrantes, cheios de vontade de regressar às suas origens, às suas terras, apressam a sua viagem para casa. A freguesia de Pardilhó, oferece às suas gentes paisagens naturais deslumbrantes, onde se destaca a nossa Ribeira d’ Aldeia, com a Ria de Aveiro aos nossos pés. Ali podemos admirar, por vezes, a presença de barcos moliceiro, a embarcação típica da terra, outrora utilizada para a pesca e apanha do moliço, hoje sobretudo para passeios de grupo. Nesta mesma ribeira, há ainda um Parque de Merendas, com Parque Infantil, ideal para piqueniques em família. Os caravanistas não são esquecidos, tendo aí à sua disposição um Parque que lhes oferece todas as condições necessárias à sua estada. Um pouco mais à frente, podemos admirar um edifício novo, uma réplica do que outrora foi a casa onde cresceu o Prémio Nobel da Medicina, Dr. Egas Moniz. Hoje, este edifício destina-se ao Centro de Saúde e Biblioteca. Na parte de trás, situa-se o Lar Quinta do Rezende, tendo ao seu lado a Capela de Santo António. Se nos deslocarmos até ao Centro da Freguesia, podemos contemplar o novo Centro Cívico, uma obra recente, que criou um novo espaço para espectáculos, mantendo o seu coreto. Rodeado por comércio local, existem vários edifícios em altura (prédios), jardins, esplanadas e a Igreja Matriz, cujo padroeiro é o São Pedro. As festas do seu orago decorrem no final de Junho. No primeiro fim-de-semana de Julho, decorre o Festival Gastronómico da Vila de Pardilhó, actualmente a realizar-se na Ribeira d’ Aldeia. Outrora conhecido pelas suas tradicionais padas, cozinhas em forno de lanha com pinhas, temos à nossa disposição um vasto leque de padarias. Na cozinha tradicional, a Caldeirada de Enguias é Rainha, trazendo inúmeros turistas à freguesia para as provar, enquanto os rojões são Reis, e a aletria uma das típicas sobremesas. A nível cultural, são várias as Associações que anualmente realizam actividades na Freguesias. As que têm Sede própria, realizam as suas actividades maioritariamente dentro da mesma, caso da ACR Saavedra Guedes, conhecida pela sua vertente desportiva ao nível do Futsal, Canoagem e Andebol, mas também pelos seus eventos culturais que nos últimos anos têm trazido de volta grandiosos espectáculos ao seu salão. Outro caso, é o do Clube Pardilhoense, que com a sua Banda, tem levado o nome de Pardilhó às maiores romarias de Portugal. Devemos destacar grupos de música tradicional portuguesa, caso dos Ventos da Ria, ou das Danças d’ Aldeia.
No entanto, pese embora Pardilhó ser uma terra cheias de potencialidades, não se aposta na sua divulgação. Tive oportunidade de entregar ao Executivo da Junta, dois panfletos turísticos diferentes, para estarem disponíveis on-line e em formato papel, para quem chega à Freguesia e aqui nada conhece. Uma boa aposta seria também criar percursos pré-definidos, por exemplo pelas ribeiras existentes, indicando os locais a visitar, a pé ou de bicicleta.

Esta é uma das mais belas terras do Distrito, merece ser divulgada e visitada.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Análise aos Resultados Europeias 2014

Terminou este Domingo, mais um acto eleitoral, desta vez para o Parlamento Europeu. Antes de tudo convém dizer o óbvio: qualquer que fosse o resultado, Portugal teria 21 novos Eurodeputados.
Após serem conhecidos os primeiros resultados ao início da noite, os Partidos apressaram-se a aclamar vitória ou derrota. Nos seus discursos, cada um dos partidos ou alianças, não soube explicar aos portugueses porque é que ganhou e porque perdeu. Não conseguiram deixar o seu discurso habitual de que ganharam porque os outros é que eram maus, e os que perderam não apontam erros a si próprios, à sua campanha e trabalho, mas o seu discurso recaí sempre no mesmo: os que ganharam não mereciam.
Quando quem vence ou perde não sabe apontar erros a si próprios, não assume responsabilidades pelos resultados, demonstra que para si, política e eleições é derrotar o adversário, nada mais importa.
Então, e os votos brancos e nulos? Mais que isso, como explicam os Partidos a mais alta taxa de abstenção de sempre nas Eleições Europeias? Porque é que os Partidos não analisam os votos brancos e nulos, mas sobretudo a abstenção? Vale a pena gritar vitória ou derrota, quando apenas 34 % dos portugueses votaram? Isto sim, é um “cartão amarelo” a virar para o vermelho, ao sistema político actual. O povo não acredita nas instituições políticas, não se revê nas suas tomadas de decisão, não confia no cidadão político que concorre e apenas se lembra do cidadão votante para isso mesmo, ir votar em si e dizer que os outros são fracos e que destruíram o País. E de facto é essa a “banha da cobra” que os Partidos gostam de vender. Votem em nós porque os outros só irão trazer desgraça ou no passado fizeram isto e aquilo. E que tal, dizerem para votar no seu Partido porque comprometem-se ou os seus objectivos são fazer isto e aquilo. Num discurso muito popular, cada um deve olhar por si abaixo antes de falar do outro.
Outro erro do discurso dos Partidos na noite de Domingo, foi dizer que este resultado é esclarecedor quanto ao que irá acontecer em 2015, nas Eleições Legislativas. Nada mais errado do ponto de vista de quem irá vencer, pois são eleições totalmente diferentes. No entanto, é esclarecedor que a abstenção irã aumentar cada vez mais, isso é um dado adquirido.
Tal como será errado dizer que ao nível autárquico, este resultado também signifique algo.

Resumindo, vitória para a abstenção, votos brancos e nulos em Portugal. Os Partidos devem mudar os seus discursos e atitudes. O povo é soberano e falou! 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

À Janela olho o Mundo

Está sol, está chuva. Está calor, está frio. É isto que sinto cada dia que passa, sentado no meu quarto e olhando janela fora. Admiro a paisagem, lá no fundo vejo casas e serra. Na minha rua passam os vizinhos, as mesmas caras conhecidas desde sempre. Cai a noite, as luzes iluminam as ruas e as casas. Iluminam os caminhos, os destinos e guiam as pessoas pela escuridão. Como é bom percorrer a noite, senti-la e observar as luzes lá ao longe. Dão-me uma sensação de conforto, de casa, de paixão, de companhia. A solidão é o meu maior inimigo, consome o meu interior, devora-me e não me permite saborear o verdadeiro prazer da vida. A vida desilude-me, não me dá esperança, alento ou futuro. Estou cansado de trabalhar e não ter o devido reconhecimento. De que vale o esforço se ninguém o valoriza? É uma luta dura, desigual e dolorosa. Para quê perder tempo a pensar, a agir e dedicar-me a algo que não sente o mesmo. Estou sozinho, não tenho com quem falar ou estar, sinto-me ignorado por todos, dói-me o peito, não consigo criar planos de vida, não tenho ninguém ao meu lado. Sinto-me preso, isolado. As pessoas que me rodeiam parecem apreciar coisas fúteis, dar valor a algo que não conhecem mas entendem valorizar, esquecendo privilegiar e colocar em primeiro lugar, aqueles que lhes dão atenção, carinho, presença e tempo. Chamam corajoso àqueles que têm tudo à sua disposição, que se limitam a gerir o que já é seu.  Olham para os outros e chamam-lhes extraordinários, esquecem-se que deste lado existe alguém que luta todos os dias contra o Mundo, que luta na procura de uma oportunidade, numa forma de tornar a sociedade melhor. Sozinho não consigo mudar o Mundo, mas sei que dou o meu melhor para tornar o Mundo melhor. Luto para deixar a minha marca no Mundo, luto para concretizar sonhos, desejo e anseio pela mudança, procuro motivação em palavras, procuro companhia no vazio, todos se afastam, todos ignoram. Continuo a não ser o número um para quem devia. Continuo a ser deixado para trás, espero que essas pessoas não se arrependam das suas decisões e atitudes. Procuro a simplicidade da vida, não sou adepto de luxos. Nunca procurei a maldade, desejo apenas o bem. Sinto que tenho sido atropelado todos os dias, sinto que dou valor demais a certas pessoas, que confio demais na minha intuição e me desiludo cada vez mais. E desiludo-me com as pessoas a quem me entrego, a quem dou tudo o que sou, faz-me doer a alma. Essas pessoas não sabem dar valor ao que sou, não querem perceber e não querem compreender que penso nelas a todo o instante, que me dedico de corpo e alma e apenas quero o seu bem.  Espero viver muito tempo e provar que um de nós agiu sempre de forma errada, que não soube valorizar o que de bom tem a vida. Não me isolo porque quero, sou escondido por quem me rodeia. Sinto revolta, as lágrimas já não caem dos olhos porque não tenho força para as derramar. Não quero ser especial para todos, gostava de ser especial apenas para duas ou três pessoas no Mundo, mas as pessoas preferem dedicar-se a outras coisas, pensando que amanhã ainda terão tempo para viver, para dar atenção. E assim, adiam dia após dia, ignoram o presente, pensando que no futuro ainda terão oportunidade de se redimir. No entanto, o tempo continua a passar e sinto que alguém se vai arrepender das decisões que tomou, que se vai arrepender por ter prefiro dedicar o seu tempo a algo que achou ser mais importante, que se vai arrepender por ter dito que isso seria apenas temporário, que era essencial dedicar os primeiros anos a algo em troca de um futuro melhor. E, se não houver futuro? E se tudo terminar mais cedo e não existir o amanhã? Para quê perder anos de vida e dá-los a quem não os valoriza, para quê destruir a vida, adiar objectivos e sonhos? Porquê apenas pensar no seu bem-estar, naquilo que gosta, e não pensar naquilo que juntos gostamos e podemos fazer em conjunto? Porquê ignorar quem te ama e quer saber de ti, simplesmente porquê? A dor aumenta cada dia que passa, a distância destrói-me, e destrói a nossa relação, os minutos e as horas que passam parecem uma eternidade, só me apetece fechar os olhos e apenas acordar quando voltares. Cada dia que passa é como uma bala que trespassa o meu corpo, é uma dor que se torna mais forte. Dizer que tens que ser forte nada resolve. As palavras nada resolvem, são precisos gestos, atitudes, marcas concretas, provas de afecto e amizade, mas onde estão elas? Até quando será possível viver com esta dor? E vejo tudo isto da minha janela, o mundo continua a girar, tudo continua a viver, e eu só quero uma vida normal que nunca tive.

domingo, 16 de março de 2014

Saiba qual é o custo da política em Estarreja

Muito se tem falado do custo monetário da Assembleia Municipal de Estarreja.

Na última Assembleia Municipal (14 Março), solicitei ao Executivo Camarário, que publicasse quem são as pessoas nomeadas para cargos políticos, o que fazem e o que ganham. O Senhor Presidente da Câmara recusou-se a identificar as pessoas, o que fazem e quantos recebem, afirmando que essas informações constariam no Diário da República. Na verdade, o que o Presidente da Câmara não quis fazer, foi apresentar essa informação à Assembleia Municipal como pedi e aos contribuintes que pagam estes salários, como seria ético e responsável da sua parte, protegendo deste modo estas pessoas nomeadas, sem qualquer concurso público. Uma vez que não tem interesse em fazê-lo, faço eu. Por uma questão de respeito pelas pessoas que ocupam estes cargos, não vou referir nomes de pessoas, mas sim cargos políticos. E como referiu e bem, a informação é pública por isso não há qualquer problema em partilhar estes dados.

De acordo com o Diário da República, 2ª Série – Nº 234 – 3 de Dezembro de 2013, no que concerne ao Aviso nº 14851/2013, referente ao Município de Estarreja, foram nomeados uma Chefe de Gabinete de Apoio à Presidência e dois Secretários do Gabinete de Apoio à Presidência e Vereação. De acordo com Lei Nº 75/2013, de 12 de Setembro, no artigo nº 43 e, igualmente no documento “Abonos dos Eleitos Locais 2009”, tendo por base o caso de Estarreja que se encontra entre o mais de 10 mil e menos de 40 mil eleitores, o Chefe de Gabinete tem uma remuneração base de 2.472,48€ e, os Secretários de Apoio à Presidência e Vereação auferem cada um deles, uma remuneração base de 1.648,32 €. Devo referir que os dois Secretários nomeados pelo Presidente da Câmara, encontram-se na categoria de assistentes operacionais, e que a remuneração base de qualquer assistente operacional nesta e em qualquer Câmara Municipal é o salário mínimo. No entanto, estes assistentes operacionais que foram nomeados na Câmara Municipal de Estarreja, ganham três vezes mais que qualquer outro funcionário da mesma categoria. Chama-se a isto brincar com o trabalho dos funcionários da Câmara, que acederam a concurso público e ganham 1/3 destes nomeados políticos na mesma categoria. Apenas estes 3 nomeados políticos, custam aos cofres da Câmara Municipal 5.769,12 € todos os meses, em remuneração base.

Se quisesse ir mais longe, poderia também dizer que o Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, juntamente com os 3 Vereadores do Executivo, auferem todos juntos, a soma de 11.675,60 € por mês, de remuneração base. Num país envolto de crise financeira, onde grande parte da população activa recebe o salário mínimo nacional, a Câmara Municipal está a combater a taxa de desemprego, nomeando várias pessoas para cargos políticos, dinheiro este que podia e deveria ser canalizado para investimento no território, caso da iluminação pública ou da rede viária.

Fala-se que a Assembleia Municipal de Estarreja custa muito dinheiro, mas no final de contas ninguém diz o valor. E relembro que, esta Assembleia Municipal, reúne sensivelmente a cada 2 meses. Mas vamos a valores: 2.335,12 € por Assembleia. Apenas 4 pessoas juntas (Presidente e 3 Vereadores) custam 5 vezes mais por mês, que 33 membros da Assembleia Municipal que reúnem apenas a cada dois meses. E mais digo, se algum dos presentes acha que o seu trabalho nesta Assembleia não deve ser pago ou que está a ser um encargo para o Município, pode devolver à Tesouraria as senhas de presença, pois a Câmara Municipal agradece.

Já tenho resposta às questões “Quem são e quanto ganham”. No entanto, continuo sem saber o que faz cada um dos nomeados políticos. E dizer que dão apoio ao Presidente não serve como resposta. Na próxima apreciação escrita do Presidente, sobre a actividade da Câmara Municipal, pode referir o que tem feito o seu Gabinete de Apoio, pago a peso de ouro pelos contribuintes.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Emprego Jovem – a realidade



O Jornal de Negócios, edição de 25 de Fevereiro de 2014, dedicou cerca de 30 páginas à temática “Emprego Jovem”. Aqui, são reveladas estatísticas reais daquilo que são as remunerações auferidas por jovens, as áreas com maior saída profissional, como criar o próprio emprego, empresas “à rasca” para contratar, preparação para entrevistas de emprego e o que as empresas procuram num jovem sem experiência.
Para melhor percepção das estatísticas, consultar tabela em anexo. Note que, a faixa etária em análise diz respeito aos 15-24 anos de idade.
Comecemos pelo início. Actualmente, encontram-se inscritos no Centro de Emprego, 137.100 jovem. No que diz respeito ao Emprego Juvenil, existem 247.100 jovens empregados, dos quais 60 % são trabalhadores precários. Dado extremamente importante também, é o salário médio líquido dos jovens empregados por profissão – 515 euros. Trata-se de valores muito diferentes daqueles que vemos todos os dias em estudos de especialistas da área. Estes são na verdade, os valores reais que se encontram nos Sites de Recrutamento com ofertas de emprego. Com uma taxa de desemprego jovem de 37,7 % (uma das mais altas da Europa), apenas 1 em cada 20 jovens, ganha mais de 900 €.
Para aqueles que saem hoje do Ensino Superior e não possuem qualquer experiência profissional, a entrada no mercado de trabalho é difícil pela enorme concorrência e, com o passar do tempo, o preconceito do empregador aumenta em relação a quem não consegue trabalho e está à demasiado tempo em casa (45 % dos jovens estava sem trabalho há mais de 1 ano no final de 2013).
Como diferenciar um Curriculum Vitae de todos os outros? Segundo a Accenture Portugal, com actividades extra-profissionais. Falamos do conhecimento de línguas, informática, estágios internacionais, participação em programas de voluntariado ou prática desportiva. A capacidade de comunicação, humildade, maturidade, gestão de tempo, a polivalência e a resistência ao stress, são apontados pela Michael Page como factores preponderantes na escolha do melhor candidato, sendo até mais importantes que o próprio curso.

Os cursos com mais saída no mercado actualmente são as Engenharias Informática, Mecânica e Electrotécnica, e também as Ciências Farmacêuticas e a Medicina. Por outro lado, os cursos das ciências sociais e humanas, estão, segundo a Egor, a licenciar jovens para o desemprego. Com a extinção dos cursos industriais e comerciais, muitas empresas têm dificuldade em encontrar pessoas que possuam prática para trabalhos técnicos, e seguir pelos actuais cursos profissionais poderá ser uma saída com futuro.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Estudo Nacional coloca Estarreja a 195ª posição dos melhores Municípios para se viver



O Jornal de Negócios, publicou a 18 de Fevereiro, um estudo realizado pela organização “Bloom Consulting”, que dá conta do ranking nacional dos melhores Municípios para se viver.

Para o efeito, são analisadas três categorias: Negócios (Investimento), Visitar (Turismo) e Viver (Talento). O Ranking “City Brand”, mediu a marca dos 308 municípios portugueses, tendo colocado Lisboa em primeiro lugar, Porto em segundo e Braga em terceiro.

No que diz respeito a Estarreja, ocupa a 195ª posição do Ranking Geral, a 183ª nos Negócios, a 227ª no Turismo e a 135ª no Viver. Ao nível do Distrito de Aveiro, Estarreja ocupa um lugar no fundo da tabela (ver ranking).


De forma a atingir estes resultados, foram cruzados vários dados estatísticos, tais como o desemprego, número de hospitais, salário médio, taxa de criminalidade ou dormidas turísticas, tendo-se procurado responder ao que uma pessoa procura num Município. Posteriormente, estes dados foram cruzados com a comunicação on-line de cada Município, ou seja, como comunica e a quem chega essa informação, usando para isso o site e redes sociais oficiais das Câmaras Municipais.  

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014



Caros amigos, o meu ALERTA sobre o estado das ruas de Pardilhó já chegou ao maior Jornal do Distrito de Aveiro, o DA Diário de Aveiro!

Até onde será preciso ir para que os responsáveis tomem consciência e resolvam esta situação?

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Segurança Rodoviária em Perigo - Pardilhó



Existe uma grande diferença entre aqueles que fazem e os que ficam de braços cruzados. E a diferença é essa mesma, uns reagem e tentam melhorar a sua terra, enquanto os outros se limitam a aceitar os problemas com tranquilidade.
Pois bem, foi o meu sentimento cívico e trabalho em prol da comunidade sem qualquer interesse monetário, que me levou uma vez mais a alertar para os problemas que a Freguesia de Pardilhó persiste em manter.

A 7 de Fevereiro de 2014, enviei via e-mail, uma alerta para os Senhores Presidentes da Câmara Municipal de Estarreja e Junta de Freguesia de Pardilhó, sobre uma situação que persiste há já vários meses. Agora que passam 6 meses sobre os actuais mandatos dos nossos autarcas locais, Pardilhó ainda não viu qualquer melhoria. A faixa de rodagem (EN 224-2) na Freguesia de Pardilhó carece de obras urgentes. Refiro-me ao Largo da Feliz, à Rua Padre António Joaquim Vigário de Matos e à Rua dos Moinhos do Carvalhal, que na sua total extensão, necessitam de colocação de novo asfalto devido à grande quantidade de buracos de significativa dimensão e profundidade. Relembro que, são inúmeros os veículos motorizados e não motorizados que diariamente circulam nestas vias, e estes "acidentes" na via pública, devido ao Inverno severo que se faz sentir nesta altura do ano, escondem por completo estes perigos que com certeza já causaram e continuarão a causar danos avultados aos referidos veículos.

Falamos de uma Vila que merecia acompanhar o progresso e a modernização, que não merecia cortes de iluminação pública total em várias ruas da Freguesias, que não merecia que os habitantes andassem às escuras quando se deslocam para o trabalho, e não merecia que os seus cidadãos e aqueles que diariamente têm que passar no Pardilhó, tivessem que se “habilitar” a furar um pneu ou até mesmo a ter sérios danos no seu veículo pois os responsáveis não querem saber de reparar o asfalto da via pública, e pelos vistos não querem saber das necessidades dos seus “cidadãos eleitores”.


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Projecto CicloRIA em Estarreja – uma Teoria sem Prática



O projecto CicloRIA não tem qualquer impacto em Estarreja. O Site na internet do CicloRIA refere em 2009 que “o projecto CicloRIA foi criado com o objectivo de promover uma rede (material e imaterial) de promoção e desenvolvimento da mobilidade ciclável com a motivação de lazer e turismo na Ria de Aveiro”. Vai ainda mais longe e refere que o projecto “contempla um sistema de vias cicláveis de carácter urbano e ribeirinho, a oferta de um sistema de bicicletas de utilização colectiva e a organização de circuitos temáticos cicláveis, baseados no desenvolvimento de estudos de identificação dos elementos marcantes do património natural, cultural e científico”. E eu pergunto: - onde estão as bicicletas, os circuitos temáticos e os estudos do património estarrejense?

O Site refere ainda que a candidatura ao projecto tem um valor global de investimento de 1.022.000,00 € e que a comparticipação de Estarreja é de 304.600,00 €. Aborda a suposta existência de um Centro de Acolhimento e Informação para a mobilidade ciclável na Ribeira da Aldeia em Pardilhó, uma ciclovia de 8 km, bicicletas em sistema rent-a-bike e estacionamento. Passados 5 anos deste anúncio, nada à vista.


Tudo isto foi referido no ano de 2009, e em 2014 nada disto passou do papel para o terreno. Não há qualquer tipo de promoção à CicloRIA em Estarreja, ao contrário dos nossos vizinhos da Murtosa, que se intitula e bem, como a “Terra das Bicicletas” e onde a sua Câmara Municipal tem feito um trabalho notável na dinamização e desenvolvimento da bicicleta como meio de transporte sustentável, criando com isso uma enorme promoção turística para o seu Concelho. Sem dúvida alguma, um caso de sucesso com quem temos muito a aprender.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Município de Estarreja corta na Iluminação Pública e na Segurança


Todas as madrugadas acontece o mesmo um pouco por todo o Concelho de Estarreja. Para aqueles que diariamente saem de casa de manhã bem cedo, rumo ao seu local de trabalho, repararam com certeza na total escuridão em que se encontram as ruas. A partir das 6h da manhã, já não há iluminação pública ligada, quando ainda é escuro. As fotos apresentadas foram tiradas na Freguesia de Pardilhó às 7h05 e no Centro da Cidade de Estarreja às 7h20. Como se pode comprovar, a única iluminação existente, é dos estabelecimentos comerciais como cafés e padarias. Circulam peões a par com automóveis nas ruas, e com um enorme dose de sorte, ainda não aconteceu nenhum acidente mortal. A juntar às madrugadas, durante todas a noite, desde a hora do jantar até de manhã, são várias as ruas que não têm um único poste de iluminação pública ligado. Refiro-me a ruas que ao longo de um comprimento de 150 a 200 metros, estão completamente às escuras toda a noite. Lembro que no nosso Concelho, é normal as pessoas darem a sua caminhada pelas ruas, mas para eles é praticamente impossível perceber se estão a dar bem os seus passos, bem como para os veículos motorizados que não conseguem ver os peões. Estão criadas todas as condições para tragédias.


Devo referir que a poupança energética é uma das políticas do actual e anterior executivo camarário, para baixar a sua factura de consumo de electricidade. Numa terra em que se gastam dezenas de milhares de euros em pontes pedonais e em objectos de “arte” para embelezamento de rotundas, que em nada contribuem para o desenvolvimento do Concelho, este corte de iluminação, é um corte na segurança dos cidadãos, e esperemos que não seja um cortes em vidas inocentes.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Análise a artigo

Acabo de analisar o Jornal Público deste Domingo (5 Jan 2014), prendeu-me a atenção o artigo "Uma geração (des)interessada pela política nacional".

Ao ler o artigo, senti logo vontade de tecer umas palavras sobre este tema.

Em primeiro lugar, pessoalmente considero que os jovens interessam-se pela política, não se interessam é pelas pessoas que os representam. Com isto, lembro-me imediatamente de Mário Soares, que se referiu ao "Rei" Eusébio como um indivíduo de pouca cultura e que bebia muito. Cá está um excelente exemplo de que por vezes, o estar calado é melhor comentário que se pode fazer. Isto é como darmos educação aos nossos filhos, para que cresçam e convivam numa sociedade de direitos e deveres. Se lhes damos maus exemplos, eles copiam pois nós somos a sua principal figura responsável pela educação.

Se um político vai à Televisão e diz uma calinada ou estupidez, está a dizê-lo perante milhões de pessoas de todas as idades, pessoas essas que sabem pensar por si próprias e entendem que se alguém tem falta de cultura, são os prezados "artistas" que abriram a boca no momento errado.

Outro péssimo exemplo, é aquilo que acontece em meios mais locais, como assembleias de freguesia, assembleias municipais e mesmo dentro dos próprios partidos locais.  Refiro-me àqueles que fazem da sua política, uma guerra pessoal. São pessoas que foram eleitas pelo povo, mas quando estão em representação da sua cor, em vez de defenderem a sua terra e apresentarem propostas e possíveis soluções, a sua real preocupação é o chamado "bota abaixo". E isto acontece da oposição para o poder, e do poder para a oposição. São muito poucos aqueles que são eleitos, e que estão mesmo interessados em trabalhar em prol do desenvolvimento da sua terra, para outros, ser eleito significa picar o ponto à entrada e à saída e receber ao final do mês o seu ordenado e não se preocupar com quem o elegeu.

Não me esqueci de falar sobre o que se passa no interior dos Partidos Políticos Locais. É sabido que fui Presidente de uma juventude partidária em Estarreja. Enquanto o fui, sempre defendi que o Partido se deveria abrir às pessoas e não ficar fechado dentro de si próprio. Sempre defendi com lealdade os interesses do Partido que representava, organizei inúmeras actividades para fomentar o crescimento do Partido e das pessoas que eram eleitas por ele para cargos políticos, e como consequência de todo este meu envolvimento, recebi o convite para ir "pregar os meus sermões para outra paróquia", pois não era ali mais bem vindo.

Este é o péssimo exemplo dos Partidos Locais, aqueles que trabalham para eles de forma gratuita e voluntária, e refiro-me essencialmente às juventudes partidárias, servem apenas para agitar bandeiras e ir lá para a frente do palco gritar, enquanto que aqueles que estão de fato ou óculos de sol nos chamados "bastidores", sentados tranquilamente serão eleitos para ganhar milhares de euros sem nada fazerem para o merecer. É este o exemplo que querem dar aos vossos filhos? Que "usar" miúdos" e adultos para fazer o seu trabalho compensa? Que "lamber botas" é o melhor remédio para cair em graça? Até tenho medo de ver com estão as línguas de certas pessoas de tanto lamber sem perceber o ridículo que isso é.

Depois disto, o autor do artigo no Jornal Público, ainda recorre à opinião de 8 jovens. Mais um excelente exemplo que dão, ao pegarem em jovens que aos 20 e poucos anos, o seu 1º emprego é ser Deputado na Assembleia da República. Excelente exemplo de quem fez muito pela sua terra ou país, para chegar por mérito ao topo (para quem não compreendeu, estou a ser irónico).

Os jovens estão apáticos ou desligados da política? Não, não estão. Só não gostam dos políticos que vivem da política e a usam para travar lutas pessoais e sem sentido, em vez de discutirem assuntos de verdadeiro interesse.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Assembleia Freguesia Pardilhó

Cumpri esta tarde (28 Dezembro) o meu dever cívico enquanto cidadão pardilhonse.

Embora não esteja eleito na Assembleia de Freguesia de Pardilhó, sinto o dever de dar o meu contributo em prol de uma Freguesia mais desenvolvida e moderna.

Na minha intervenção, apresentei-me como membro da Assembleia Municipal e do Conselho Municipal da Juventude de Estarreja. Deixei algumas das propostas que já tinha sugerido nestes dois órgãos:

- Criação de actividades culturais em todas as freguesias do Concelho, e não apenas na Sede do Concelho;

- Convidar as Associação Locais a dar um espectáculo no Cine-Teatro de Estarreja e a ficar com metade da receita de bilheteira;


Depois de tudo isto, deixei as minhas sugestões para Pardilhó:

- Dar vida à Biblioteca de Pardilhó, com exposições, apresentações de livros e palestras;

- Abrigos para as paragens de Autocarro (nomeadamente no Largo da Feliz);

- Arrendar espaços pertencentes à Junta a Empresas de Formação para ministrar cursos de formação (ex. Veiros e Beduído);

- Boletim Informativo à População (descrição de obras e do que se passa nas assembleias de freguesia).



Aproveitei também para referi alguns dos temas que irei abordar na próxima Assembleia Municipal ordinária em Fevereiro, essencialmente apontando obras necessárias a curto prazo:

- Centro Cívico da Vila, que faz inveja a muitas freguesias de Portugal, é utilizado apenas como estacionamento de bicicletas e motorizadas e deveria usado para a realização de diversas actividades;

- A poupança energética corta na segurança das pessoas. Dei o exemplo da Rua do Curval que durante a noite está completamente às escuras, e como essa outras mais ruas estão na mesma situação;

- A recolha do lixo é feita num nº reduzido de dias, levando a que os contentores de lixo estejam sempre cheios e vejamos lixo pelo chão;

- A rede viária, nomeadamente a Rua Padre António Joaquim Vigário Matos, entre a Rua do Cabo da Carreira e o Largo da Feliz, assim como a Rua dos Moinhos do Carvalhal, necessitam de um novo asfalta rapidamente, os buracos e obras por acabar colocam em perigo todos aqueles que lá passam diariamente.


Para concluir, referi que serei um sério defensor de Pardilhó na Assembleia Municipal, tal como tenho sido nos últimos anos no dia-a-dia.

Joel Pereira,
Pardilhó