quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A triste realidade de Estarreja

No passado dia 30 de Setembro, realizou-se mais uma Assembleia Municipal de Estarreja. Assuntos de elevado interesse, tais como a contínua deterioração dos serviços prestados pelo Sistema de Saúde no nosso Concelho, ou o fecho de três escolas do 1º ciclo, marcaram um debate intenso entre as bancadas e executivo camarário. Já no mês passado de Junho, numa outra Assembleia Municipal, os pais das crianças cujas escolas foram anunciadas que iriam fechar, encheram os paços do concelho, batendo o pé à Câmara Municipal, que concordou com o fecho destas mesmas escolas, para assim levar as crianças para o novo complexo em Salreu. E sobre isto, há algo a dizer. A Câmara Municipal de Estarreja atira com as responsabilidades para o Governo actual, no entanto, como é que a Câmara pode afirmar que é contra o fecho das escolas, se construiu um novo complexo em Salreu, destinado exclusivamente ao 1º ciclo? Já há vários anos que a Câmara Municipal sabia que isto iria acontecer, e escondeu tal informação dos encarregados de educação, obrigando as crianças a abandonar as suas escolas e frequentar o novo complexo em Salreu.
Do lado da bancada da Coligação PSD/CDS, não vemos propostas para o desenvolvimento de Estarreja, a maior parte dos seus elementos entra muda e sai calada, não fazem qualquer intervenção, não fazem qualquer proposta para melhorar o Concelho. E quando por acaso ouvimos a sua voz, é para ler um bonito texto cedido pela Câmara elogiando o seu trabalho. Será que só lá vão para receber as senhas de presença?
Mas, diria que o ponto alto da noite de dia 30 de Setembro, foi quando foi aberto o período de intervenção ao público. Um senhor, que referiu ter nascido e vivido em Estarreja até aos 19 anos, e que passou os 48 anos seguintes no Brasil, pintou o verdadeiro cenário do que é Estarreja: edifícios abandonados e a cair aos poucos; não existe qualquer apoio ao comércio local que vai morrendo aos poucos (e não é com “Noites Brancas” que isso se resolve); os eventos ateimam em ser realizados à semana e durante a manhã ou tarde, quando o cidadão comum se encontra a trabalhar; além disso, a divulgação dos eventos é péssima (muitos eventos são anunciados no próprio dia em que se realizam), e pouca gente aparece.

Esta, é de facto Estarreja visto aos olhos do povo.

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