No passado dia 30 de Setembro, realizou-se mais uma Assembleia Municipal
de Estarreja. Assuntos de elevado interesse, tais como a contínua deterioração
dos serviços prestados pelo Sistema de Saúde no nosso Concelho, ou o fecho de
três escolas do 1º ciclo, marcaram um debate intenso entre as bancadas e
executivo camarário. Já no mês passado de Junho, numa outra Assembleia
Municipal, os pais das crianças cujas escolas foram anunciadas que iriam
fechar, encheram os paços do concelho, batendo o pé à Câmara Municipal, que
concordou com o fecho destas mesmas escolas, para assim levar as crianças para
o novo complexo em Salreu. E sobre isto, há algo a dizer. A Câmara Municipal de
Estarreja atira com as responsabilidades para o Governo actual, no entanto,
como é que a Câmara pode afirmar que é contra o fecho das escolas, se construiu
um novo complexo em Salreu, destinado exclusivamente ao 1º ciclo? Já há vários
anos que a Câmara Municipal sabia que isto iria acontecer, e escondeu tal
informação dos encarregados de educação, obrigando as crianças a abandonar as
suas escolas e frequentar o novo complexo em Salreu.
Do lado da bancada da Coligação PSD/CDS, não vemos propostas para o desenvolvimento
de Estarreja, a maior parte dos seus elementos entra muda e sai calada, não
fazem qualquer intervenção, não fazem qualquer proposta para melhorar o
Concelho. E quando por acaso ouvimos a sua voz, é para ler um bonito texto
cedido pela Câmara elogiando o seu trabalho. Será que só lá vão para receber as
senhas de presença?
Mas, diria que o ponto alto da noite de dia 30 de Setembro, foi quando
foi aberto o período de intervenção ao público. Um senhor, que referiu ter
nascido e vivido em Estarreja até aos 19 anos, e que passou os 48 anos
seguintes no Brasil, pintou o verdadeiro cenário do que é Estarreja: edifícios
abandonados e a cair aos poucos; não existe qualquer apoio ao comércio local
que vai morrendo aos poucos (e não é com “Noites Brancas” que isso se resolve);
os eventos ateimam em ser realizados à semana e durante a manhã ou tarde,
quando o cidadão comum se encontra a trabalhar; além disso, a divulgação dos
eventos é péssima (muitos eventos são anunciados no próprio dia em que se
realizam), e pouca gente aparece.
Esta, é de facto Estarreja visto aos olhos do povo.
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