domingo, 13 de setembro de 2015

Postal de Visitas – Pardilhó

Pardilhó,
Um pedaço de areia à Ria roubado,
Pelas Ribeiras das Teixugueiras, Aldeia, Bulhas ou Nacinho, o barco Moliceiro pode navegar,
Terra de milho e de moliço,
De emigrantes na Venezuela, Brasil, França e Estados Unidos da América,
De carpinteiros navais, construtores civis e agricultores,
Da música popular dos Ventos da Ria e da Etnografia das Danças d’ Aldeia,
Da meninice e juventude do prémio nobel Egas Moniz,
Do teatro e dos bailes,
Dos cavalos, carroças, pinhas ou bicicletas,
Das casas de alpendre, da Fonte da Samaritana e da Pedra da Maroteira,
Da Banda Velha e da juventude da Banda Clube Pardilhoense,
Dos tapetes de trapos e das casas estilo “Farinhas”,
Das padas, rojões e broa de milho,
Das enguias fritas ou em caldeirada,
Do Lar Da Quinta do Rezende ou do Vida Nova,
Dos campeões nacionais de canoagem e de futebol de salão (hoje futsal),
Mas sobretudo, terra de bem receber e acolher,

Pardilhó de ontem, hoje e amanhã.

domingo, 5 de julho de 2015

Meio de transporte mais utilizado pelos pardilhoenses

Dando seguimento à análise que temos vindo a realizar, vamos agora centrar-nos no indicador “Meio de Transporte mais utilizado nos movimentos pendurares” – Censos 2011. Aqui, poderemos constatar a forma como os pardilhoenses se deslocam por exemplo para a Escola ou para o seu local de trabalho.

Comecemos pelos meios de locomoção suaves, neste caso a bicicleta. Nesse ano (2011), 395 pessoas usavam este transporte entre a sua residência e o seu local de estudos ou trabalho. Ainda neste campo, eram 138 as pessoas que se deslocavam a pé.

Através dos transportes colectivos, 75 pessoas utilizavam o autocarro diariamente, 64 o transporte colectivo da empresa ou da escola, 1 o metropolitano e 82 o comboio.
No que concerne a transportes individuais, 939 pessoas utilizam o automóvel ligeiro como como condutor e 346 como passageiro, enquanto 99 pessoas usam o motociclo como seu principal meio de transporte.


É interessante percecionar, que Pardilhó, devido às suas caraterísticas naturais, ou seja, o facto de ser plano, permite às suas gentes, principalmente aos estudantes e desportistas amadores, utilizar a bicicleta como meio de transporte, o que acaba por favorecer a prática de exercício físico. Tanto esta freguesia, como o Concelho da Murtosa e algumas freguesias do Concelho de Ílhavo, são aquelas que em Portugal mais utilizam a bicicleta como principal meio de transporte, o que demonstra a importância que este veículo tem na nossa sociedade. O futuro está sem dúvida, na construção e manutenção das infraestruturas destinadas à circulação a pé a bicicleta, aproveitando o potencial da nossa freguesia ribeirinha, que pode assim aumentar o turismo e apoiar o comércio local.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Onde estiveram os pardilhoenses emigrados?

Dando seguimento à análise que temos vindo a realizar, vamos agora centrar-nos no indicador “População que residiu no estrangeiro por um período de pelo menos 1 ano” – Censos 2011.
Convém referir que, esta análise apenas foca os dados disponíveis nos Censos 2011, e na população residente nessa altura na Freguesia de Pardilhó, não estando aqui presentes as pessoas que nessa data estavam emigradas num outro país.

Em 4 dos 5 continentes estiveram emigradas, pelo menos durante 1 ano, pessoas que em 2011 residiam em Pardilhó. O único continente em falta, é a Oceânia. Mas vamos a números: 817 pessoas residiram fora de Portugal, a maioria dentro da Europa (420), seguindo-se a América (294), África (100) e a Ásia (3).

Dentro da Europa Central, na Alemanha e Espanha encontramos a maioria dos que estiveram emigrados (56 em ambos), Reino Unido, Suiça e Luxemburgo (igualmente com 10 cada), Bélgica (9), Roménia (2) e por fim, Áustria (1). No entanto há ainda 24 pessoas que residiram noutros países, mas que os Censos 2011 não permitiram a sua especificação.  

Partindo para o Continente Africano, Angola está no topo (53), seguindo-se África do Sul (20), Moçambique (16), Cabo Verde (2), Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe (ambos com 1). Há ainda 7 pessoas que residiram noutros países também não especificados.

Relativamente ao Continente Americano, Venezuela é o país do Mundo que mais pessoas teve, com 176. Estados Unidos da América (76), Canadá (22), Brasil (18) e outros países (2), seguem-se na lista.

Por fim, na Ásia, encontramos Macau (1), Timor Leste (1) e outros países (1).


Em jeito de conclusão, são muitos os pardilhoenses e não só, que estiveram e estão ainda hoje emigrados no estrangeiro. Temos um português em cada canto do mundo, mas também um pardilhoense. A Venezuela foi outrora um “El Dourado” para muita gente, e por isso, também os pardilhoenses deixaram por lá a sua marca, sendo alguns nomes bem conhecidos.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Saldo de Nascimentos e Óbitos – Caso de Pardilhó

Na última edição deste jornal, apresentei os números da religião na nossa Freguesia. Agora, vou-me centrar nos nascimentos e óbitos que ocorrem no período compreendido entre 2003 e 2013, segundos dados disponíveis no INE – Instituto Nacional de Estatística.

Vamos então iniciar a análise pelos nascimentos. Entre 2003 e 2013, encontravam-se registados na nossa freguesia 474 recém-nascidos. O ano de 2009 foi aquele em que se registaram menos nascimento (30) e 2003 e 2004, aqueles em que tivemos o maior número (52 em ambos os anos). Relativamente aos sexos, os números são extremamente próximos. Neste período, nasceram 240 bebés do sexo masculino, e 234 do sexo feminino. Em 2004, temos um ano em que nasceram mais homens (30), e 2009 em que nasceram menos (14). Já no sexo feminino, 2003 e 2013 são os anos em que nasceram mais pessoas (27 em ambos), e 2005 em que nasceram em menor número (12).

Relativamente aos óbitos, no mesmo período em análise (2003 a 2013), registaram-se 525 falecimentos, dos quais 268 eram homens e 257 mulheres. Em 2010, tivemos o ano em que faleceram mais homens (35) e em 2003 e 2006, em que faleceram menos (16 em ambos). No caso das mulheres, em 2008 faleceu o maior número (31) e em 2004 em que faleceram menos (16).


Tendo por base os dados em questão, com 474 nascimentos contra 525 óbitos, facilmente percepcionamos que temos um défice na nossa balança, uma vez que no período compreendido entre 2003 e 2013, registamos um défice de 51 pessoas, pois o número de óbitos foi superior aos nascimentos.

sábado, 21 de março de 2015

A Religião em números – o caso de Pardilhó

Dando continuidade ao tema iniciado na última edição deste jornal (Cenosos 2011), irei agora centrar a atenção no indicador Religião.

Antes de mais importa referir que esta análise é meramente quantitativa, ou seja, trata-se apenas de dar a conhecer a diversidade religiosa de livre consciência existente na Freguesia de Pardilhó, não se trata de criticar ou fazer juízos de valor, muito pelo contrário, vivemos numa sociedade livre e devemos respeitar as opiniões, a cultura e religião de cada um.

Assim sendo, à data dos Censos 2011, em Pardilhó os números sobre a religião são os seguintes:

- Católicos: 3130
- Ortodoxos: 6
- Protestantes: 52
- Outra Cristã: 59
- Judeus: 0
- Muçulmanos: 2
- Outra não Cristã: 4
- Sem religião: 107

Importa referir que estes dados referem-se à população residente com 15 ou mais anos, pelo que é natural que os números acima indicados possam ser superiores, no entanto os Censos 2011 apenas permitiram a resposta, neste campo, a pessoas com mais de 15 anos. Sabemos que em Pardilhó residem cerca de 4200 pessoas, pelo que percebemos que nos dados dos Censos se encontram cerca de 1000 jovens com menos de 15 anos fora desta análise.

É interessante confirmar, com a prova de dados oficiais, que em Pardilhó a religião predominante, é a Católica. Embora o senso comum nos dissesse isso mesmo, os Censos vêm provar essa informação.

Na próxima edição, vamos analisar o número de nascimentos e óbitos entre 2003 e 2013.

Joel Pereira,
Pardilhó

domingo, 1 de março de 2015

Dados estatísticos - Pardilhó



Já algum tempo são conhecidos os dados dos Censos 2011 em Portugal. No entanto, ainda não se verificou qualquer análise mais elaborada aos resultados obtidos, seja em Portugal, seja a nível municipal. Por esse motivo, nesta edição, e nas próximas, apresentarei alguns dados interessantes acerca dos Censos 2011, na Freguesia de Pardilhó.

Nesta edição, iremos analisar 3 indicadores: População, Trabalho e Edifícios.

Começando pela População, em Pardilhó residiam no ano em análise 4176 pessoas. Curiosamente, e em comparação com os Censos 2001, Pardilhó manteve sensivelmente o mesmo número de habitantes, o que significa que, apesar da vaga mais que evidente de emigração, tem-se conseguido igualar as saídas com as entradas na Freguesia. A população residente divide-se por 1473 famílias clássicas, sendo que a dimensão média das famílias é de 2,78 pessoas. A idade média da população é de 41,64 anos. A população em idade activa (15-64 anos), é constituída por 3538 (84,7% da população total), ou seja, não estamos perante uma freguesia envelhecida, tendo em conta a idade média e a população activa. Ainda assim, em Pardilhó existiam 896 reformados e 108 incapacitados permanentes para o trabalho. A nível educacional, havia ainda a registar 200 analfabetos mas, 290 pessoas com o Ensino Superior Completo (é natural que o número de pardilhoenses licenciados, mestres ou doutorados seja muito superior, mas este número refere-se apenas aos residentes na freguesia nesse ano, embora muitos estejam espalhados pelo mundo).

 Passando agora ao indicador Trabalho, 1596 pessoas encontravam-se empregadas. Dentro deste número, 156 eram empregadores, 123 trabalhavam por conta própria, 8 eram trabalhadores familiares não remunerados, 1294 trabalham por conta de outrem, 1 era membro de uma cooperativa de produção e 14 estavam noutra situação. Relativamente aos desempregados (284 pessoas), os desempregados à procura do 1º emprego eram 51, e os desempregados à procura de novo emprego eram 233. Por fim, os/as domésticas eram 258 pessoas.

No último indicador em análise neste artigo, existiam 2012 edifícios, albergando 2128 alojamentos (entenda-se que num só prédio podem existem vários alojamentos, por exemplo apartamentos). Ao nível do arrendamento, 108 alojamentos destinavam-se a essa modalidade, sendo que o encargo médio mensal por aquisição de habitação própria (empréstimo bancário) era de 350,99 € por família ou pessoa no caso de viver sozinha. Interessante verificar que 71 alojamentos não possuíam instalação de banho ou duche, o que significa que existem ainda muitas famílias a viver em situação precária a este nível.

Nas próximas edições, analisaremos outros indicadores como por exemplo: meio de transporte mais utilizado, nascimentos e óbitos, religião e locais onde pardilhoenses viveram no estrangeiro.