domingo, 30 de setembro de 2012

Ontem, hoje e amanhã



Os jovens portugueses debatem-se hoje com a problemática do desemprego. Após terminarem as suas licenciaturas e mestrados, deparam-se com a concorrência dos seus colegas de curso, por vezes centenas a responder à mesma oferta de trabalho, pelo que, obviamente que não é possível a todos assinarem esse contrato.
Deste modo, uma das possíveis explicações para a dificuldade em encontrar emprego, além da crise instalada no mundo, poderá ser o facto do processo de Bolonha ter reduzido as Licenciaturas de 4 para 3 anos, levando a que o mercado profissional exija muitas vezes candidatos já com Mestrado, deixando assim centenas excluídos.
A cada vez mais tardia entrada no mercado de trabalho, aliada a contratos a termo de baixa duração (e o saltar de emprego em emprego quando se consegue encontrar algo), levará a que os jovens casais se unam cada vez mais tarde, e possivelmente a que tenham menos filhos, conduzindo para uma cada vez menor taxa de natalidade. 
E isto leva-nos a outra questão: - Qual será o futuro das gerações vindouras? Trata-se de uma pergunta de extrema dificuldade em encontrar solução. A não ser que os países consigam pagar todas as suas dívidas e criar riqueza e emprego, o cenário que se antevê parece muito nublado.
Pessoalmente, a especulação imobiliária que surgiu no passado, com os Bancos a emprestar volumosas quantias de dinheiro às famílias, que mais tarde não conseguiram pagar os seus empréstimos e não tiveram outra alternativa senão entregar as suas casas, contribuiu e de que maneira, para a crise em que hoje nos encontramos.
Por muito que nos custe, se não temos dinheiro, não podemos gastar aquele que não temos. As férias luxuosas devem ser trocadas por soluções economicamente mais viáveis. Se não podemos comprar casa, então arrendamos. E se o carro dos nossos sonhos é demasiado caro, então compramos um mais barato ou então um usado.
Em tempo de crise, vale a pena consciencializar e mudar mentalidades.

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