A pressão exercida pelos vários meios de comunicação social, grupos ou
pela corrupção, não deve ser considerada como algo malévolo. De facto, a
pressão não é algo que seja exercido apenas num tipo de regime civil. Aliás,
esta existe em regimes autoritários, ditatoriais, democráticos ou mesmo em
monarquias pelo que, a questão a responder aqui seria se a podemos “medir” da
mesma forma de Estado para Estado.
Naturalmente, em regimes ditatoriais ou autoritários, caso de alguns
países africanos ou latino-americanos, a capacidade de pressionar os Governos
pelos cidadãos verifica-se pouco produtiva, na medida em que, poderemos falar
aqui em pressões do Governo sobre os cidadãos e não o contrário. Neste sentido,
a capacidade de pressionar ou influenciar as decisões governamentais nestes
Estados é dificultada e poderá ser pouco expressiva mas, ainda assim, tratam-se
das primeiras formas de criar coagir os governantes a ouvirem os seus cidadãos.
Afinal, quem elege os deputados continuam a ser os cidadãos, os mesmos que vêem
os seus direitos violados por aqueles que são nomeados para representarem os
nossos próprios interesses.
Relativamente aos regimes democráticos, uma vez que qualquer grupo de
cidadãos se pode unir (liberdade de associação) e expressar a sua opinião livremente,
direitos consagrados na Constituição portuguesa, a necessidade de lutarmos por
melhores condições para a sociedade na qual nos integramos, leva-nos a
pressionar aqueles que elaboram as políticas públicas pelas quais nos regemos.
A democracia pode revelar-se como um mau exemplo a seguir pelos líderes
partidários. Isto é, o facto de existir tanta liberdade e direitos, poderá
conduzir os órgãos superiores a aumentar os seus privilégios em detrimento das
necessidades dos cidadãos. O Governo deve apostar na motivação civil para a
necessidade de trabalhar, promover a segurança e a participação política de
modo a contribuir para o crescimento económicos dos variados países.
Como última nota, a corrupção em regimes democráticos, torna a pressão um
problema, visto que, apesar das tantas liberdades concedidas, bem como
direitos, o cidadão deve cumprir deveres e, um deles passa pelo respeito pelos
outros, pela pacífica coabitação em sociedade, não por querer “enriquecer” à
custa dos nossos semelhantes.
Sem comentários:
Enviar um comentário